Meus olhos sentiram a tua falta...
Você partiu tão docemente, nesse dia de chuva, névoa e risos
Você partiu e isso é insuportável!
Hoje, nesse exato momento, a arte cobriu-se de roxo
E esse poeta humilde e cafona chora por teatros que nunca viu
Chora por tua arte que partiu junto com tua alma
Chora por tua branca calma!
A arte hoje preferiu te dar o azul dos cantos celestes
Preferiu cobrir teu rosto de rosas e perfumes de amoras
Preferiu o teu silêncio e tua agonia
Hoje, bem longe dos teus palcos e dos teus braços
A arte entrou no mais absoluto véu de tua ausência
Doce Paulo! Porque escolhestes o ocaso?