meu carrinho
de
mão
não para de gotejar
e
as
galinhas
em
volta
são minhas mães
a carochinha
volta
e
meia
aparece sacolejando
seu pequenino rabinho
e
o
maracujá
de pronto
fez
brotar una cereja
tem muito
besouro
assubiando por aí
[sempre tive ganas de cair na cacimba]
o pato
espateia
o pneu de borracha
enquanto as pombinhas rolas terminam seu ninho
o sol
hoje
está
e
não
está
[fiquei pensando no que falei sobre José Martí]
aqui segue ventando
y
en
la
ventana
hay un passarinho
que no para de bater.
Não basta ser cavaleiro errante é preciso ser humano, desamasiadamente humano, louco e transgressor...
domingo, 28 de setembro de 2014
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
Cerati y el Vento
a noite
dos
ventos
amarelos
derrubou
as taças
de té
que
estavam sob
a mesa
o viento dizia:
no te vá
pero
fuiste
tal
vez
la estrellita de
tu
cara
te chamava
-
porque era posible –
imposible
era mais que um eclipse
sincopado
era corazón
espasmo
y
el
viento de tu cabeça
apagando a voz
pero reascendendo
o mel
a lágrima
y
las
risas
el viento de Ana me contou:
era só o
algodoeiro sibilando.
Para
Gustavo Cerati
Que
desfez seu pacto
Com
o tempo
Posto
que é eterna
Su
fuerza natural
quinta-feira, 4 de setembro de 2014
Até a Primavera
caminharia
por
horas
até encontrar a
primavera
desejar que la
flor
brotasse
em
veludo
espinho
y
corazón
caminharia
hasta
quedar
de frente
com ella
tendo
en
riste
os talhos
lamuriosos
de
boca
braços
pernas
y
morcegos nocturnos
feito
fadas
puxando seus lingotes
de ferro
o viento sibila
e o algodoeiro
espirra
pétalas de rosa
y
é
dada a hora
está cierta
la
hora
- la primavera -
bateu
na porta da poeta.
por
horas
até encontrar a
primavera
desejar que la
flor
brotasse
em
veludo
espinho
y
corazón
caminharia
hasta
quedar
de frente
com ella
tendo
en
riste
os talhos
lamuriosos
de
boca
braços
pernas
y
morcegos nocturnos
feito
fadas
puxando seus lingotes
de ferro
o viento sibila
e o algodoeiro
espirra
pétalas de rosa
y
é
dada a hora
está cierta
la
hora
- la primavera -
bateu
na porta da poeta.
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Tengo Hambre
Tengo hambre
tengo hambre
tengo
hambre
de
vos
do que tienes
aí
entre los pelos
tu dionisíaca
flor
que se enreda
palpitando
entre
las
mordidas
por que
te veo
y
siento
a
indecência
que guardas
en
tus manos
tengo hambre
hambre
de
miel
dos
dentes
disfarçados
de algodón
bruto
color
inodoro
quema
y
atiça
quema
y
atiça
un cuerpo
dos cuerpos
y
mas de hambre.
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