Tive vontade de quebrar
A louça da minha avó
A inutilidade de viver para
Juntar xícaras, bules e pratos
De colar a cabeça do Padre Réus
Do pato que se partiu em mil
pedaços
Da japonesa que cansou de estar
pendurada
Há vinte anos na mesma parede
Que vontade de quebrar a louça da
D. Angélica
A louça das Bodas de Ouro
As canecas de par
onde ela e o Sr. Chico nunca
tomarão café
vontade de quebrar o bule
comprado na Colônia do Sacramento
Esse o quebrarei!
Com uma funda bem no meio na testa
30/05/2012 – oficina de
poesia da Biblioteca Pelotense
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