Quando
chove
é
como se meus brotos
cabeça
cabelos
braços
pernas
coração
surgissem
novamente
não
renascendo
nascendo
apenas
como
coisa nova
revigorada
e
com
mais de vida
planta
selvagem e daninha.
Na
chuva transformo-me
em
eu momentâneo
fugidio
e vazio
nasço
sem dores
sem
a casca de Kafka
nascimento
de plantas-corpo
natureza
sangrando
sem
o medo da morte
se
chove sou viva e otimista
luz
treva
mistura
calma.
Se
chovo é por que nasço
por
que água viva
pulsa
nas veias febris
da
louca poeta.
E
grito!
Desorientadamente
grito!
Por
ser apenas
um
pó humano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário