segunda-feira, 3 de junho de 2013

Pampa


Tenho o pampa
Na porta de casa
Mas não é privilégio
Para pampa em palavra
É preciso restabelecer
A leveza do por do sol
Em tons felinos
E retomar em gotas
D’água
A força dos cantos populares
Impor o triunfo do sal
E sentir as dores sazonais.
Ter um quartel de infinitas cores
Alaranjadas;
Arrepiar a pele y sentir-se
Magoado y inquieto
De mar
Rio y
Siesta.
Para pampa em palavra
Há de se viver mais de 30 anos
De pedras
Espinhos e
Rosetas cravadas nos pés
Para pampa
É preciso naufragar
Sentir o orixá se despegando
Restar somente o
Vento
A cicatriz
E o inverno posto na terra.



Nenhum comentário:

Postar um comentário