Por mais que tente
Não poderei explicar-te os versos.
Assim
Não poderei borrar tua imagem.
É a retomada do amor
No balcão das utopias
É uma retomada dolorosa
Diante das utopias.
Hay algo que te torna inacessível
Há o meu silêncio
O sombrio
A lágrima
A cicatriz
Hay algo que me torna distante
Perigosa
Incapaz
Y sensível
Pero
Há algo que te torna
Vazio
Repentino
Presente
Soy sóla
Y és sozinho.
Há doçura
Seguro que hay dulzura
Reflexos luminosos
Que dispersaram o tempo
A paz
A vitória
Y nuestras risas montevideanas.
Tengo ganas de trégua
De poder entregar-te a camélia
Mas há recortes brutos y perros rondando
Noite
Dia.
Na mesa da campanha
No café, o futuro, a paisagem
Os dias brilhosos da Colônia
Y teu cabelo de moça.
Não!
Não!
Ainda permaneço muda
Imóvel
E a ampulheta percorreu teu corpo
Mas eu imóvel
Calada
Tadzio apreensivo
Tadzio!
Tadzio!
Uma vez mais te miro
Minha mão na face branca:
Não mais utopias
Só o corpo verde de inúmeros tempos.
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