sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Poema para a Tarde de Estudos – 3/2/11


O silêncio impera na casa.
Pareço que estou concretado entre os muros de rosas do jardim.
Nem o gato preto apareceu, nem o cachorro com suas investidas carentes
nem a senhora perfumada que desce as escadas às seis da manhã.
Sinto-me pendurado no varal das roupas
como se meus dentes estivessem misturados a números desordenados.
No corpo, apenas vento-solidão, sabor de banana com violão.
Apenas sinto...
Vago como uma bolsa de plástico flutuando.
Só, neste instante, com livros de português abertos em minha frente
e uma saudade otimista de estar entre veredas desconhecidas.

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