segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Soneto a Paulo Autran

Hoje a arte vestiu-se de negro...
Meus olhos sentiram a tua falta...
Você partiu tão docemente, nesse dia de chuva, névoa e risos
Você partiu e isso é insuportável!

Hoje, nesse exato momento, a arte cobriu-se de roxo
E esse poeta humilde e cafona chora por teatros que nunca viu
Chora por tua arte que partiu junto com tua alma
Chora por tua branca calma!

A arte hoje preferiu te dar o azul dos cantos celestes
Preferiu cobrir teu rosto de rosas e perfumes de amoras
Preferiu o teu silêncio e tua agonia

Hoje, bem longe dos teus palcos e dos teus braços
A arte entrou no mais absoluto véu de tua ausência
Doce Paulo! Porque escolhestes o ocaso?

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