segunda-feira, 1 de abril de 2013

Versos Outonais


Dói só de pensar
que posso tê-lo aqui.
A imensidão azul
não pode ser individualizada
tu risa
o cheiro transparente 
entre as árvores de eucalipto.
Ouvir a voz da abuela
e seus seres imaginários.
Som e música
de idiomas bilíngues 
sentados na ponta da mesa
sussurrando sonhos
de semi-outono.
Amor e tédio
na plenitude e na sensibilidade
[eus, tus].
Cavalos sobrevoando em silêncio.
e na desordem
dos raios últimos
em rosas de sol
fizeram sumir o rosto
na fumaça dos pensamentos.
Me quedo só
percebo que estoy só
flutuo até alcançar Garibaldi com Gal. Flores
nos plátanos
e novamente tudo se desfaz
e me quedo aqui – só
recitando versos outonais.

Para o amigo Sebastián Jantos

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