Estou sentada
na parte verde da casa
só Tufão me acompanha.
- Úrsula aparece e perturba um pouco.
Penso em como terminar aquele poema
feito na madrugada
e do calor de outra pessoa
- na verdade não quero impressionar ninguém.
A empregada da casa se aproxima
pergunta se ouvi barulho de gato
digo que não e continuamos a conversar sobre os
cachorros.
Volto para a mesa
e sigo desfrutando do que é ar e paz
do gosto da comida e da companhia do Tufão.
Penso novamente nos mistérios dionisíacos e na
língua de quem me mordeu.
Recosto a cabeça em minha mão
fico olhando os lençóis que balançam no varal .
tenho aquele medo recorrente
ao mesmo tempo em que tudo é belo e dual.
Penso em várias saídas
porém nenhuma delas me leva ao Uruguai
- viver feito latina e assumir o plano dos meus
ancestrais.
Tirar uma sesta
aprender a tocar violão
e quiçá alugar um quarto na Colônia do Sacramento
y vivir para siempre
sendo Flor Ariza.
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