domingo, 6 de abril de 2014

Tomar Sol

saí para tomar sol
e brincar com os cachorros
- não havia mais sol –
Os cachorros brincaram
alucinados com a presença de gente.
Tufão chega mais perto
quer estar perto
e sentir que está tudo bem
recostou a cabeça no meu colo
enquanto escrevo o poema.
Passei o dia no quarto
tentando encontrar objeto
para cortar essas cordas que tenho atadas às mãos.
Às vezes tem uma que sobe ao pescoço
mas Tufão morde ela por mim!
Está nublado o tempo
o cheiro dos caquis podres
me fez lembrar álcool.
 Úrsula aparece
- está cheia de baba -
Tive outro pesadelo
durante a siesta
e acordei com Ludovico esperando na porta.
Às vezes não gosto do Ludovico
o certo é que: quando estamos sozinhos
somos amigos.
A cidade daqui já está vazia
pareço sugada por tudo que condeno
o vento soprou um aire de lluvia
- deve vir da Banda Oriental –
Amanhã decidirei
amanhã
se crio alas o juízo.  

Um comentário:

  1. A companhia de um cachorrinho amigo e o sol são tão contra as cordas sufocantes da solidão gélida dos dias acinzentados ou contra qualquer coisa que nos condena a ficarmos tristes.

    ResponderExcluir